Tratamento não cirúrgico minimamente invasivo para defeitos intra-ósseos

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Os defeitos intra-ósseos são defeitos profundos do osso que rodeia os dentes devido a doenças das gengivas. Apesar das melhorias no tratamento, conduzem frequentemente à perda de dentes, a menos que sejam tratados com uma cirurgia complexa às gengivas.

O presente estudo, realizado na Faculdade de Medicina Dentária, Ciências Orais e Craniofaciais do King's College de Londres, teve como objetivo avaliar os potenciais benefícios do tratamento minimamente invasivo não cirúrgico (MINST) para dentes com defeitos intra-ósseos e explorar os fatores associados aos resultados. Na periodontologia, as intervenções minimamente invasivas foram aplicadas pela primeira vez ao tratamento cirúrgico, mas estes princípios também foram aplicados à terapia periodontal não cirúrgica com o aparecimento da terapia não cirúrgica minimamente invasiva. A MINST tem sido proposta como uma abordagem de tratamento alternativa para defeitos intra-ósseos, com o objetivo de reduzir o trauma tecidular e otimizar a cicatrização de feridas, evitando incisões cirúrgicas e suturas.

Foi realizado um ensaio multicêntrico em 100 defeitos intra-ósseos em pacientes com periodontite em consultórios privados no Reino Unido, Itália e Espanha. Foi efectuada uma terapia periodontal de passo 1 e 2, incluindo MINST. Os dados clínicos e radiográficos foram analisados no início e 12 meses após o tratamento, sendo o principal objetivo a alteração da profundidade do defeito radiográfico aos 12 meses.

Os resultados mostraram que o MINST pode resolver pelo menos metade dos defeitos intra-ósseos, sem a necessidade de extracções ou cirurgia. Isto sugere a validade deste método como uma técnica potencial para salvar muitos dentes com problemas gengivais avançados sem a necessidade de cirurgia.

Luigi Nibali, Professor de Periodontologia no King's College London, afirmou: “O resultado do estudo sugere a validade deste método como uma técnica potencial para salvar muitos dentes com problemas gengivais avançados, sem necessidade de cirurgia. Isto tem o potencial de poupar custos para o NHS e para o paciente, e o tratamento é, evidentemente, muito mais amigo do paciente”.  

Fonte/Estudo completo: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jcpe.13984