Entramos em 2024 sob o signo da indefinição, mas com a certeza de que há coisas que não mudam: as que estão por fazer em diversos planos da sociedade civil e que resultam - por vicissitudes várias - da inação de sucessivos governos... com ou sem maioria absoluta. Das infraestruturas à educação, da habitação à justiça, passando pelo incontornável setor da saúde - são múltiplas as velhas causas do país que, as escassos meses dos 50 anos da Revolução dos Cravos, aindam aguardam o revolucionário (ou pelo menos reformista) impulso que possa acelerar a mudança.
No que à Saúde Oral diz respeito, é justo reconhecer que alguns passos foram dados nestas primeiras duas décadas do século XXI e/ou nos anos mais recentes, com a criação do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, que veio atenuar um problema de saúde com forte expressão junto da população infantil, juvenil e idosa.
Em contrapartida, ficou muito aquém das expectativas a tentativa de incluir médicos dentistas nos centros de saúde – retire-se desta equação as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, onde este processo tem sido exemplar – para tentar colmatar uma falha no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que, há 40 anos, deixou de fora a Medicina Dentária. O objetivo era ter pelo menos um médico dentista em todos os agrupamentos dos centros de saúde, mas as condições precárias que foram dadas aos profissionais do setor, entre outras fragilidades, têm ditado o fracasso desse projeto-piloto.
A criação da carreira de Medicina Dentária é outro desígnio da classe, ainda por concretizar, que poderia, de resto, contribuir para a fixação de médicos dentistas nos gabinetes do SNS. O insustentável aumento de médicos dentistas habilitados a exercer a profissão em Portugal é mais um fator preocupante e revelador de que “estamos a formar profissionais cujo futuro no país é cada vez mais precário e cuja solução é sair para outras paragens”, segundo observa o próprio bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão. Em suma, é urgente uma revisão das políticas de ensino e formação neste domínio. E a realidade (leia-se necessidades) da Medicina Dentária em Portugal não se esgota aqui...
É, portanto, com compreensível (e reiterada) expectativa que se encara as antecipadas eleições legislativas do próximo dia 10 de março, como a enésima oportunidade de “dar o salto” em várias frentes da Saúde Oral, da saúde em geral e de muitos outros quadrantes da vida portuguesa. Venham de lá essas urnas!
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